Fêmea de lobo-guará é nova integrante do Centro de Desenvolvimento Ambiental da CBMM
Uma fêmea de lobo-guará resgatada após um acidente está, desde julho de 2021, sob responsabilidade da equipe do Centro de Desenvolvimento Ambiental da CBMM (CDA), em Araxá, Minas Gerais. O animal foi atropelado na BR-381 e, após passar por um intenso tratamento, em Belo Horizonte-MG, continuará seu processo de reabilitação no criadouro científico da empresa, referência no cuidado a essa espécie da fauna do cerrado.Após recuperação, a fêmea será integrada ao plantel do CDA, que conta com outros seis lobos. O nome da lobo-guará fêmea recém-chegada ao CDA foi escolhido por meio de uma enquete, envolvendo colaboradores da CBMM e os alunos do Centro de Desenvolvimento Humano (CDH). Os colaboradores indicaram algumas opções de nomes e as crianças, por sua vez, votaram no nome preferido por elas. Sendo assim, a enquete com os pequenos revelou que “Amora” é o nome da lobo-guará.
No começo do ano, o CDA recebeu outros dois lobos-guarás e um tamanduá bandeira com limitações físicas, decorrentes de violência e atropelamento. Os animais passaram pelo mesmo processo de tratamento e, atualmente, estão reunidos em casais para que possam se reproduzir.
Referência em fauna silvestre
O criadouro científico de fauna silvestre do CDA é referência no cuidado de animais resgatados em diversos locais do estado de Minas Gerais. O local, inclusive, é pioneiro na reprodução dos lobos-guará, com 67 filhotes nascidos desde 1990. Tamanduás-bandeira, antas, araras canindé e macacos são outros exemplos de espécies ameaçadas de extinção protegidas pela empresa e, posteriormente, reintroduzidas na natureza.
Temos uma autorização especial do IBAMA, que permite que tratemos e preservemos essas espécies nativas da região, entretanto, não podemos fazer o resgate ou a captura destes animais
Thiago Amaral
Gerente de Meio Ambiente e Apoio Tecnológico da CBMM
A empresa também não recebe diretamente animais silvestres encontrados pela comunidade em situação de risco ou na zona urbana. Nesses casos, o Corpo de Bombeiros e a Polícia Ambiental devem ser contatados para realização do resgate e encaminhamento às clínicas especializadas.
Atualmente com uma população de 110 espécimes, o criadouro científico já abrigou, desde que foi fundado, em 1986, aproximadamente 350 animais, que chegaram por intermédio de transferências de instituições e órgãos ambientais. O local reproduz e mantém animais silvestres ameaçados de extinção para fins de conservação, pesquisa e subsídio a programas de educação ambiental. Promove, ainda, a reintrodução na natureza e troca de conhecimento com outras instituições, mantendo a riqueza genética dessas espécies.
Espaço para a preservação ambiental
O Centro de Desenvolvimento Ambiental da CBMM (CDA) ocupa uma área de 59 mil m², dentro da planta industrial da CBMM em Araxá. Além do criadouro científico de fauna silvestre, possui um viveiro de mudas que produz cerca de 200 espécies de plantas, sendo 24 delas protegidas por lei. Sua produção gira em torno de 32 mil mudas por ano e contribui para a preservação da flora do cerrado e o ressurgimento de matas ciliares.
Outro compromisso da empresa com o meio ambiente é a realização, desde 1992, do Programa de Educação Ambiental, que já recebeu 72 mil alunos e professores em diversas atividades relacionadas à preservação do cerrado e ao desenvolvimento sustentável aplicado na empresa.A riqueza do patrimônio sob proteção do CDA permite parcerias em pesquisas com universidades e instituições em todo Brasil que já renderam a publicação de 163 trabalhos científicos e participação em 32 projetos de 18 instituições entre 1997 e 2021.